domingo, 24 de julho de 2016

GOETHE - FAUST - FRAGMENT / GOETHE - FAUSTO - FRAGMENTO

Caros leitores, Post novo extraído da EDITORA ITATIAIA, página 8, edição 2002. Segue um fragmento, ou seja, os 23 versos iniciais de "Floresta e Gruta".

"(Sublime Gênio, tens-me dado tudo,
Tudo o que eu te pedi. Não me mostraste
Em vão, dentro do fogo, o teu semblante.
Por reino deste-me a infinita Natureza,
E forças por senti-la, penetrá-la.
Não me outorgaste só contato estranho e frio,
Deixaste-me sondar-lhe o fundo seio,
Como se fosse o peito de um amigo.
Expões-me a multidão dos seres vivos,
E a conhecer, na plácida silveira,
Nos ares, na água, os meus irmãos, me ensinas.
E quando o furacão no mato ruge,
Desmoronando-se, o gigante pinho
Vizinhos troncos e hastes espedaça,
E, troando, o morro a queda lhe acompanha;
Então me levas à tranquila gruta,
Revelas-me a mim mesmo, e misteriosos
Prodígios se abrem dentro do meu peito.
E, suavizante, ala-se-me ante o olhar
A lua límpida: flutuantes surgem
Das rochas úmidas, do argênteo bosque,
Alvas visões de antanho, a mitigar
O prazer austero da contemplação.)"

Fragmento extraído da página 8, EDITORA ITATIAIA, da obra GOETHE - FAUSTO, edição 2002, tradução: Jenny Klabin Segall.